quinta-feira, 17 de outubro de 2013

As celebrações da vida

Temos muitas datas para comemorar: dia das mães, dias dos pais, das crianças, do amigo, do índio, do irmão e por aí vai. Poderia encher uma folha citando todas as datas institucionalizadas.

Recentemente foi o dia do Professor. Me lembrei de quando era criança e de sentir uma vontade verdadeira, daquelas que surgem no âmago do peito, de expressar a minha gratidão àquela(e) que estava a me orientar com tanto carinho e dedicação.

Me lembrei do meu olhar silencioso, sentada na carteira da escola vestindo uniforme que na época ainda era de tecido de algodão: saia cinza e camisa branca. Era um olhar de admiração profunda, respeito e carinho por aquela pessoa que estava comigo dia após dia, a me ensinar e orientar como faziam os meus pais.

Me lembrei de tudo isso por que hoje, no papel da professora, recebi muitas manifestações de carinho, afeto, amizade e gratidão. Não trabalho com crianças, apenas com adultos jovens, cultos, saudáveis e de bem com a vida. Adultos de uma classe cultural e econômica favorecida.

Nenhum dos presentes que recebi neste dia 15 foi comprado ou caro. Prefiro deixar de lado a polêmica sobre o lado comercial que se faz presente em várias celebrações.

Foram mensagens no face, celular ou e-mail, fotos, cartinhas, ganhei até bolo e principalmente abraços verdadeiros. Sabe coisas que o dinheiro não compra? Pois é, essas são as que levamos na alma que se enfeita de amor.

Temos a mania de comprar coisas para que o outro se lembre de nós quando usar, mas certamente todos os presentes que recebi neste dia estão eternizados em mim.

Obrigada aos meus alunos que me ofertam a oportunidade de dar mais sentido à minha vida.

Obrigada ao meus queridos Professor DeRose e Professor Milton Marino por conseguirem fazer ressurgir em mim o mesmo olhar que distribui quando criança aos que estavam a me orientar.

Carla Mader

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