quinta-feira, 31 de janeiro de 2013


Por que a cada dia um número maior de pessoas adota o vegetarianismo?
Os vegetarianos emocionais não querem alimentar-se do sofrimento dos animais, que despejam no organismo a química do desespero e da dor, liberada no momento que antecede à morte. Lembram-se do abate ao boi que sofre antecipadamente ao escutar o grito de socorro do outro que está sendo sacrificado. Ou porque ficaram sabendo que escorrem lágrimas dos olhos das ovelhas quando percebem que vão morrer. Ou sentiram-se sensibilizados com o mar tingido de sangue, pela matança de baleias, focas e golfinhos.
Os vegetarianos racionais motivam-se por uma outra prioridade: a própria saúde. Argumentam que esta alimentação é mais apropriada para o homem, comparando o organismo humano ao dos carnívoros:
·        Os animais carnívoros têm os intestinos curtos, enquanto os herbívoros e vegetarianos têm os intestinos muito longos. As carnes se putrefazem rapidamente, liberando toxinas fortíssimas. Quando os intestinos são curtos, a absorção de toxinas é muito menor, mas, no caso do ser humano, que possui intestinos longuíssimos com uma capacidade de absorção excelente, as toxinas produzidas pela putrefação das carnes são bastante assimiladas.
·        A digestão das carnes é muito ácida. Para anular esta acidez, os carnívoros consomem ao final da refeição, instintivamente, os ossos da presa, que são ricos em minerais alcalinizantes.
·        No ser humano, os resíduos ácidos do metabolismo são depositados nas articulações. Este é um motivo pelo qual a alimentação vegetariana é adotada pelos praticantes de Yôga há milênios, pois ela vai aumentar o desempenho em exercícios de flexibilidade.
·        Os carnívoros matam e comem a presa na hora, com o sangue ainda quente. Os carniceiros comem o bicho dias depois, pois estão dotados de um aparelho digestivo apropriado para eliminar os venenos da carne em putrefação. O humano não é nem carnívoro nem carniceiro, simplesmente porque não pode sequer imaginar-se comendo carne crua e sangrando e, muito menos, apodrecida ou fedendo.
·        Os carnívoros são dotados de caninos afiados e desenvolvidos, próprios para rasgar e dilacerar a carne. Os herbívoros e vegetarianos possuem caninos pouquíssimo desenvolvidos e dentes mais apropriados para cortar e triturar o alimento. Os carnívoros quase não mastigam, engolindo a comida praticamente inteira, enquanto os vegetarianos mastigam muito, até liquefazerem o alimento.
·        Os animais carnívoros transpiram pela língua; os herbívoros, vegetarianos e o homem, pela pele.
·        Os carnívoros bebem usando a língua e os vegetarianos através de sucção.
A partir destas comparações, conclui-se que nos aproximamos mais dos animais não comedores de carne, e desse modo, a alimentação vegetariana é mais adequada ao nosso biotipo.
Instintivamente, não somos atraídos pelas carnes porque estas, cruas, sem estar devidamente preparadas e condimentadas ou beneficiadas, têm odor repugnante e aspecto repulsivo. O aroma e a aparência das frutas já nos são muitíssimo mais sedutores.
Existem ainda aqueles que não estão interessados em qualquer argumento que explique a razão pela qual não queiram comer carnes. Apenas preferem a alimentação vegetariana por uma questão de gosto, por ter melhor digestibilidade, por ser muito nutritiva e saudável, já que as carnes não fazem a menor falta para o organismo.
Extraído do livro O Gourmet Vegetariano, do Castro, Ro. 2a. ed., Pág. 61, Ed. Uni-Yôga. São Paulo. 1999

Foto de Michael Nichols - The golden touch.

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