quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sustentabilidade na prática!

Outro dia recebemos um e-mail, desses que ficam circulando por aí, ninguém sabe de onde surgiu e geralmente vão parar na caixa de spam, mas o título era "Ideias sustentáveis" e resolvemos dar uma olhada. Achamos tão legal que compartilhamos com vocês aqui no blog!

Como já dissemos acima, não sabemos a fonte, então quem quiser mais detalhes, Google it! Os títulos e descrições abaixo estão exatamente como recebemos, mas incluímos alguns comentários, em itálico, que foram feitos pela nossa "especialista em sustentabilidade", a Instrª Carolina Mathias.


HOTEL OFERECE REFEIÇÕES DE GRAÇA PARA QUEM ESTIVER DISPOSTO A GERAR ELETRICIDADE

O Crown Plaza Hotel, em Copenhague, Dinamarca , oferece uma chance para quem quer fazer uma boa refeição sem deixar de cuidar do planeta. O hotel disponibiliza bicicletas ligadas a um gerador de eletricidade para os hóspedes voluntários. Cada um deles deve produzir pelo menos 10 Watts/hora de eletricidade – aproximadamente 15 minutos de pedalada para um adulto saudável. Após o exercício, o hóspede recebe um generoso vale-refeição: 26 euros, aproximadamente 60 reais.

É uma ótima estratégia de marketing (aposto que quando você for a Copenhague vai querer se hospedar nesse hotel!) e também uma necessidade, já que geração de energia é uma das pautas mais presentes nas discussões estratégicas em escala global. O investimento não deve ser baixo, mas quem tem olho no futuro precisa estar atento a essas iniciativas se não quiser "ficar na mão"!

BAR CAPTA ENERGIA PRODUZIDA PELA DANÇA DE SEUS FREQUENTADORES

Todas as luzes e os sons de uma “balada” gastam uma quantia considerável de eletricidade. Pensando nisso, o dono do Bar Surya, em Londres, refez o chão da pista de dança de seu estabelecimento e o revestiu com placas que, ao serem pressionadas pelos frequentadores do lugar, produzem corrente elétrica. Essa energia é então usada para ajudar na carga elétrica necessária à casa. Andrew Charalambous, o visionário dono do bar, diz que a eletricidade produzida pela pista modificada representa 60% da necessidade energética do lugar.

É a mesma situação do primeiro caso. O retorno em curto prazo pode vir do marketing que essas iniciativas causam, mas em médio prazo o retorno direto (pela economia nos gastos com energia elétrica) já deve ser bastante vantajoso. Note que o texto usa a palavra visionário ao se referir ao dono do bar... temos sim que ser visionários e empreender nossas visões!

BORDEL OFERECE DESCONTO AOS CLIENTES QUE FOREM DE BICICLETA

Uma casa de diversão adulta encontrou uma maneira de atrair mais frequentadores, espantando a crise econômica, e ainda ajudar a frear as mudanças climáticas globais. Quem chega de bicicleta, ganha desconto. Segundo Thomas Goetz, dono do bordel “Maison D’envie”, a recessão atingiu em cheio os negócios. Consumidores que foram ao bordel pedalando, ou que provarem ter utilizado um meio de transporte público, recebem 5 euros de desconto sobre os tabelados 70 euros (mais de 150 reais) para 45 minutos.

No Brasil já temos exemplos de iniciativas que incentivam o uso da bicicleta, como em São Paulo, que algumas estações de metrô possuem bicicletários. É claro que é necessário um grande planejamento do tráfego urbano, para viabilizar esse meio de transporte, que ainda é um tanto perigoso. É preciso também criar essa cultura, educando tanto ciclistas, quanto motoristas e pedestres, para que todos estejam preparados para esse "novo elemento". Na Europa existe uma cultura forte de uso da bicicleta, mesmo porque a economia financeira que ela representa é significativa.

UNIVERSIDADE CONSTROI “TELHADO VERDE”
O Design Verde é uma tendência da arquitetura moderna, e não estamos falando apenas da cor, mas sim de locais como o prédio de cinco andares da Escola de Arte, Design e Comunicação da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura. A construção conta com uma cobertura vegetal e sua forma orgânica se mistura com a natureza onde está inserida. Os telhados revestidos de grama servem como ponto de encontro informal, além de ajudar no equilíbrio térmico do edifício e na absorção da água da chuva.

No Brasil também temos algumas iniciativas do uso de telhado verde, mas nada tão suntuoso, pelo que eu saiba. Quem quiser conhecer um exemplo prático, dê uma olhada no meu blog, o Aralume, na postagem "Uma casa que respira!".

DESIGNER CRIA PIA QUE UTILIZA ÁGUA DESPERDIÇADA PARA REGAR PLANTA

Feita de concreto polido, a Pia batizada de Jardim Zen possui um canal que aproveita a água utilizada na lavagem das mãos para molhar uma planta. Criado pelo jovem designer Jean-Michel Montreal Gauvreau, a pia vem em bacia dupla ou modelo simples. Se você está preocupado eu ensaboar toda a sua plantinha, relaxe. Uma peça no início do canal drena o liquido e só deixa água sem sabão escorrer até a planta.
Não é lá uma economia de água tão significativa... talvez o apelo educacional, fazendo as pessoas pensarem no assunto, tenha mais relevância do que o ganho ambiental direto.

DESIGNER CRIA INTERRUPTOR QUE MUDA DE COR PARA ENSINAR CRIANÇAS A ECONOMIZAR ENERGIA

Tio é o nome do interruptor em forma de fantasma que avisa, através de sutis luzes, há quanto tempo a lâmpada está acesa. Até uma hora, a expressão do fantasminha é feliz e a luz do interruptor permanece verde. Se a luz é deixada ligada por mais de quatro horas, ele se assusta e fica amarelo. Já se o morador da casa se atreve a deixar a luz acesa por mais de oito horas, o até então amigável fantasma se zanga e fica vermelho. Com o auxílio visual e tátil, espera-se que as crianças comecem a tomar consciência do desperdício de energia logo cedo, e de uma maneira divertida.
Nesse produto eu particularmente não acredito! Pra mim ele vai muito na onda do consumismo e o tiro pode acabar saido pela culatra, porque imagina só se as crianças não vão querer esperar pra ver o fantasminha mudar de cara?! E aí, já viu: mais tempo de luz acesa... eu não precisei disso pra aprender que a gente deve usar os recursos de forma consciente, apenas o necessário. Construções que aproveitam mais a luz do sol, essas sim merecem aplausos!

EMPRESA CRIA GRAMPEADOR SEM GRAMPOS PARA EVITAR POLUIÇÃO

Grampos de grampeador são tão poluentes que uma empresa decidiu criar um novo modelo do produto, sem grampos! Em vez dos grampos a que todos estamos acostumados, ele “recorta pequenas tiras de papel e as usa para costurar até cinco folhas de papel juntas”. Se você se empolgou com a ideia, pode encomendar esses grampeadores personalizados para que sua empresa se vanglorie de contribuir para um mundo livre grampeadores com grampos.
Muito bacana! Num primeiro momento você pode pensar: "ah, mas aquele grampo pequenininho polui?!". Realmente, o grampo, em si, não deve lá poluir tanto... mas e a sua produção?! Lembre-se que ele é feito de matéria prima não renovável, cuja extração causa uma degradação ambiental irreversível. E essa iniciativa nos mostra também a importância de ter atenção nos detalhes, pra tudo na vida!

Nenhum comentário:

Postar um comentário